Um barco só é um barco depois de deixar o porto
Depois que as amarras forem soltas
E normalmente nós mesmo as retemos presas
E somos o capitão cruel, somos nossos próprios capatazes
Hoje eu me ví em muitos eus
Estava no quarto, comportado
E estava na sala, jogando tudo no chão
E porque eu deveria me podar lá na sala?
Por mal comportamento?
Por medo ou receio de ser outra pessoa?
Nós sempre seremos outras pessoas
Não somos uma obra única e acabada
Quem se vê assim é malacabado
Pois assumir um fim é assumir perfeição
E o fim é apenas um novo começo.
Deixemos as vagas baterem no casco
Não para mostrarem os caminhos
Mas darem algum sentido
E não paremos por breves arranhões feitos por escolhos
Não deixemos a embarcação soçobrar em meio a tanto mar.
23 outubro, 2009
Vagas e Escolhos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário