Começo aqui, algo que já teve seu começo há quase 30 anos atrás. Muita coisa mudou, mas eu sou o mesmo. Ainda me vejo nos outros, ainda me vejo ao espelho, do mesmo modo que me via. Talvez eu ainda seja o mesmo porque não reparei o quanto mudei. Não aceitei o fato de ter muito mudado, por dentro e por fora.
As vezes me apresento a mim mesmo, as vezes esqueço quem sou, olho a criança que fui, compartilho com ela tudo que sou. Ela me diz sobre seus medos, eu tento tirar dela toda a qualidade de não se fechar em um projeto só, a espontaneidade me parece desgastada. Mas ela insiste em me passar seus medos, e automaticamente eu não os aceito.
O adulto tenta se livrar da criança, mas ela existe dentro dele, o adulto deve agora recriar este pequeno infante que está preso em seu interior, eles devem viver juntos, até que o filho tenha sua versão externa, aquela que finalmente vai livrar o adulto dos medos e vai torná-lo um pai, e assim, meio que aos trancos e barrancos o adulto descobre a força que tem realmente e nunca mais vai perdê-la.
Eu sempre serei o filho, equanto não tiver meu próprio filho...
03 julho, 2007
depois do depois
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