07 junho, 2008

vasculhando cantos

Acordei sonhando, continuei no sonho, mas agora pensando, não foi a mesma coisa, o que era natural, macio, como mergulhar as mãos em aguá corrente virou sólido demais e o meu cérebro parou de funcionar com naturalidade, abri os olhos e com aquela baita preguiça resolvi não me esforçar mais. Resolvi encarar o dia nascente, sol la fora e agora outra luta, sair ou não sair?

Do mesmo jeito que sair do sonho foi um baque, sair de casa também poderia ser, pois teria de lidar com as pessoas reais. No meu sonho eu fazia tudo com clareza, realizava, porem nada era real, tentei trazer isto para meus pensamentos ao acordar, quase impossível, preferi guardar dentro de mim a certeza de que sou capaz, porem resolvendo tudo com muito mais afinco do que o necessário enquanto na fase sonho.

Mas sair de casa? será que vou encarar? O sol está convidativo, o clima frio(para o brasil) com este sol que agrada os ossos é algo que me faz querer tomar um banho e secar a pele lá fora no vento. Caminhar sob o minhocão e suas lojas baratas, sebos, moveis antigos, me faz querer trazer algo para dentro de casa e observar.

Ouço umas musicas que normalmente não ouviria para me sentir mais próximo de certos tipos estranhos que digamos, lembro mais deles em filme do que das ruas da minha cidade.

Bom, a fome por comida me obriga a ingerir algo, ela pode me aquietar, mas espero sair, me levantar, mover músculos e mentes, para que, quem sabe, eu exercite me o suficiente para voltar a sonhar bem todas as noites e acordar bem ao lado de quem eu já tenho, e bem quero todos os dias.

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